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Archive for the ‘Música’ Category

InsideLlewynDavis-DaveVanRonk_LlewynDavis

O mais recente trabalho dos irmãos Coen, Inside Llewyn Davis (2013), ficou bem interessante.

Contada de forma não linear e tendo como cenário o pulsante Village da Nova York do início dos anos 60, trata-se da história de Llewyn Davis – uma espécie de Sal Paradise do músico Dave Van Ronk, em busca do reconhecimento e da realização profissional através do folk; porém a falta de rumo e de dinheiro, alguns junkies, artistas concorrentes e até gatos (esses bichanos que ronronam), aparecem a todo momento na caminhada do herói.

Encontrei no filme uma celebração interessante e cheia de referências da cultura que emergiu daqueles bares de palcos abertos, que eram preenchidos por questionadores do estado de coisas que o período apresentava – bares que antes abrigaram os beatniks e sua verborragia, onde Allen Ginsberg, tal como na Six Gallery da San Francisco de 1955, fez a plenos pulmões a leitura do polêmico poema Howl, onde Kerouac de Ozone Park bebia e bebia e ouvia jazz e bebia; e onde então aconteceria um resgate da música tradicional daquela sociedade que começava a encarar alguns de seus fantasmas mais nefastos – o racismo e a segregação social escancarada, por exemplo. (há negros na narrativa?)

Bom divertimento!

 

 

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Que momento incrível!

Bruce Springsteen começou seu show em São Paulo (18.09), tocando uma versão épica de Sociedade Alternativa.

Baita homenagem ao Raulzito

 

Que povo culturalmente diversificado é o estadunidense. Convivendo com reaças, no olho do monstro imperialista, surgem e se fortificam Dylans e Bruces, com posturas que fogem totalmente do esperado.

The Boss canta o tempo todo de cara aberta, sorrindo, ganhou a plateia no primeiro verso.

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Vejam que incrível. Para se despedir da missão espacial que vinha realizando na ISS, Chris Hadfield gravou uma versão de Space Oddity, do genial David Bowie.

Emocinante, lindo demais.

Chris Hadfield retorna à Terra a bordo de uma cápsula Soyuz, na terça-feira (14/05), às 02h30min.

Na foto abaixo, ele e dois companheiros esperando o momento do regresso, já dentro da cápsula.

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Faleceu Margaret Thatcher, a dama de ferro, personagem ligada à política do Reino Unido do Século XX

Para ela, todo um disco do Pink Floyd……..

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35 anos

35 anos sem Elvis.

Como lembrança, David Gilmour caprichando em uma versão de Don’t.

(Elvis combina com Telecaster, não tem jeito)

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That Is All

“Eu senti cheiro de grama.”

Sir Jackie Stewart, em depoimento para o documentário sobre George Harrison que Martin Scorsese tirou da cartola – Living in the Material World – narra um pouco do transe em que se via durante algumas corridas.

Volante, motor, carro e piloto, fundiam-se no que Stewart explica como um estado onde os seus sentidos estavam hiper-aguçados. Relata:

“Meus sentidos estavam tão otimizados que na entrada da curva senti cheiro de grama – algo estava errado – e aliviei o pé do acelerador. Ao contorná-la, percebi um carro na área de escape.”

Era o solo de Something, feito por Stewart com seu F1.

Não é novidade, George acompanhava de perto a categoria. Fã de velocidade, amigo pessoal de caras como Fittipaldi, Hunt, Lauda, além de Stewart… & que também conheceu o mito abaixo.

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“(…)

Pra ser Jesus numa moto 
Che Guevara dos acostamentos 
Bob Dylan numa antiga foto 
Cassius Clay antes dos tramentos 
John Lennon de outras estradas 
Easy Rider, dúvida e eclipse 
São Tomé das Letras Apagadas 
E Arcanjo Gabriel sem apocalipse…”

Que baita letra canta Sá, Rodrix e Guarabyra.

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Um dos grandes mitos dentro dos festejos juninos é a Barraca do Beijo. Não existe beijo de prenda bonita em troca de míseros cobres; ou talvez eu tenha freqüentado os arraiais errados – de família, alheios a momentos fugazes.

O condomínio em que eu moro costumava promover festas juninas. Os preparativos envolviam os antigos vizinhos na função das pizzas e cucas, fogueiras e barracas, bandeirolas e quentão flambado; a cadeia funcionava enquanto a fogueira ardia.

O clima para a criançada era muito bom. Aliás, junho deveria ser também o mês das crianças; não se faz outra coisa nessas festas senão brincar. A minha mesada, sagrada, contada, coitada, ia para o espaço feito balão. Meus cobres preciosos eram todos gastos em comida e nas barracas de jogos.

Até a abertura da festa o estoque das barracas era uma espécie de Segredo de Estado, era na casa do síndico que os prêmios eram escondidos.  Aliás, deve existir um código caipira que determina a hierarquia dos prêmios em disputa nas barracas: Tiro ao Alvo com Bola de Meia e Latas de Azeite, prêmios pouco atrativos – jogo de lápis, giz de cera, cadarços, bonés de loja de material de construção; Jogo das Argolas, prêmios medianos – shampoo, prendedor de roupa, sabonete, perfume, camiseta das últimas eleições; Barraca da Pescaria, abençoada seja – kit de maquiagem para elas, bola de futebol para eles, copos, canecas, cerveja, vinho, livros.

Aprendam, pequenos caipiras: os melhores prêmios saem na pescaria. Anzol de arame, vara de taquara, peixes de cartolina numa caixa de areia; foi em uma dessas que pesquei o meu.

No final da festa presume-se que o quentão está menos flambado e que os melhores prêmios já se foram, mas após pegarem o meu peixe, a surpresa: Veio do estoque um disco de vinil – sem arranhão, papelão perfeito, capa em preto e branco com um dirigível  – tinha 14 anos e pela primeira vez escutaria Led Zeppelin, disco de 1969.

“(…) O balão vai subindo, vem caindo a garoa. O céu é tão lindo e a noite é tão boa. São João, São João..”

P.s.: Para a pequena Mari, que viaja no balão de chumbo.

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Resignado, não verei Dylan amanhã.

Eu me conforto por aqui. Lembrando que em breve On the Road estará correndo, numa grande tela, para uma grande audiência.

 “Nos intervalos, corríamos até o Cadillac e tentávamos descolar umas garotas, rodando para cima e para baixo pelas ruas de Chicago. Nosso carro enorme, cheio de cicatrizes, profético, as aterrorizava. Em seu frenesi descontrolado, Dean dava marcha a ré de encontro aos hidrantes e ria como um maníaco. Pelas nove da manhã o carro era uma ruína completa; o freio já não funcionava, os párachoques estavam destroçados e o câmbio rangia. (..) Parecia uma velha bota enlameada e não uma limousine flamejante. Pagara o preço da noite. (…) Já estava na hora de devolver o Cadillac para seu dono. (…) Dirigimos até lá e enfiamos um troço arruinado e enlameado no seu respectivo boxe. O mecânico nem reconheceu o Cadillac. (…) Tínhamos de cair fora imediatamente. Caímos”

Na trilha provavelmente não haverá Dylan. Mas Changing of the Guards poderia tocar o filme todo.

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Nesta terça feira, dia 23, Bob Dylan reencontrará Porto Alegre em um show que teve seus ingressos esgotados em poucos dias.

Na quinta será a vez de Florianópolis receber Paul McCartney, que em 2010 se apresentava em Porto Alegre.

Isso significa que nesta semana, de algum lugar do sul do país, alguns poucos sortudos conseguirão ir ao show de dois monstros rodando pouco mais de 450km. Humpf.

Eu queria Dylan, não tinha mais ingresso. (Estive no Paul/2010)

P.S.: Johnny Depp toca mesmo uma guitarrinha. O disco do Oasis Be Here Now, por exemplo, tem o Mãos de Tesoura brincando de músico.

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