O BOM – Esse ano, felizmente, estamos falando mais dos pilotos do que dos dutos frontais, assoalhos duplos, triplos, etc… Assim, alguns bons valores vem se destacando. Dentre eles, um que não tem um carro de ponta e nem grande badalação já me é o destaque individual da temporada. Em Mônaco, Kubica novamente tirou leite de pedra.
A comparação com seu companheiro Petrov é injusta devido a diferença de experiência entre os dois, mas existe um abismo entre ambos. Em Mônaco Kubica marcou a segunda colocação inicial, perdeu o segundo posto no pódio nos primeiros metros da largada para Vettel, mas conseguiu segurar Massa. E assim seguiu até o final da corrida.
Foi seu segundo pódio na temporada, termina a etapa ocupando agora a sexta posição do mundial.
O MAU – Algumas verdades da Fórmula 1 resistem ao avanço da tecnologia. Em Mônaco, o mandamento indelével de que o pole-position também vencerá a corrida, salvo um problema mecânico ou uma má largada, mais uma vez se confirmou.
Na sexta etapa da temporada, o quarto líder diferente do campeonato chama-se Mark Webber. Conhecido por ser um “leão de treino”, desta vez assumiu também a posição de protagonista do evento principal.
Mark terá agora que lidar com tudo de bom e de ruim que o status de líder do campeonato lhe trará. Em um torneio equilibrado como este a sua regularidade pode ser um grande trunfo, talvez o principal contra seu principal inimigo na luta pela conquista do título, seu companheiro de equipe, Vettel.
O FEIO – Em uma competição equilibrada qualquer descuido pode ser um grande empecilho para se chegar ao êxito desejado. Jenson Button, vencedor do último campeonato justamente devido a sua regularidade na segunda metade do ano, quando já não tinha o melhor carro, vem tendo contratempos que devem cobrar o seu preço mais adiante.
Em Mônaco foi a vez do seu carro superaquecer, fato ocorrido devido ao esquecimento por parte de um mecânico de liberar a entrada de ar de um dos radiadores laterais, tirando o atual campeão da disputa ainda no começo da corrida.
Button pontuou bem nas três primeiras etapas, na quarta (China) assumiu a liderança, mas na Espanha (quinto) e agora, pouco fez, enquanto seus adversários mais uma vez pontuaram. É o quarto no campeonato, com oito pontos de diferença do líder Webber.
Eu gosto de Mônaco. Acho que a pista faz parte de uma série de pilares estruturais que a Fórmula 1 deve respeitar e preservar como parte de sua tradição e história. O traçado, dêsde 1929 oferece corridas truncadas, mas desse modo ele acompanhou a evolução do esporte, e assim deve continuar. Errado é termos novas pistas colocadas no calendário, que oferecerem o mesmo tipo de corrida em fila indiana, sem nada que justifique a sua existência além da busca de dinheiro em novos mercados.
Gostei da corrida. Enquanto as posições iniciais foram definidas na primeira curva, Alonso deu seu pulo-do-gato adiantando a sua troca de pneus quando do primeiro safety-car. Mesmo penando para ultrapassar Di Grassi (e porque deveria ele facilitar?), ganhou um mundo de posições na medida que os carros a sua frente iam parando. Logo estava novamente no retrovisor de Massa.
A corrida teve bons destaques. Barrichello se classificou bem, vinha fazendo uma boa corrida até a quebra da suspensão traseira. Massa chegou num quarto lugar discreto, quase não me recordo de ver o carro dele mostrado durante a transmissão, mas os pontos foram importantes. As duas Force India terminaram na zona de pontuação, com mais uma bela corrida de Adrian Sutil.
As equipes novas, por sua vez, penaram muito nas ruas do principado. Os carros desequilibrados moeram os pneus e os freios, além de sofrerem com a já usual falta de confiabilidade. Chandhok iria cruzar a linha de chegada numa festejada décima quarta colocação, mas foi atropelado pela afobação de Trulli.
A polêmica da hora foi a manobra de Schumacher sobre Alonso na última volta. No espaço entre a entrada dos boxes e a linha de chegada, ao ver o safety-car recolher, o alemão colocou o carro ao lado da Ferrari e cruzou a bandeirada na sexta colocação. O movimento gerou protestos e reclamações, Michael já foi inclusive punido em 20 segs por executar uma manobra ilegal (as posições deveriam ser mantidas), mas achei sadio demais a competitividade, que sempre lhe foi característica, ser novamente demonstrada. Pouco muda no campeonato para ele a sexta colocação perdida, e, futuramente, quando lembrarmos desta corrida, mais um lance seu será lembrado. Que venham mais rompantes do velho Schumacher.
Li e gostei.
Abs
Rui
Barrichello…..
Retrato fiel da corrida. Legal.
Simplesmente pra min o que Schumi fez no final foi sensacional! Ainda mais aqui na Espanha, onde o narrador da corrida é mais chato que o galvão e venera muito mais o Alonso! Comentei com um amigo meu espanhol aqui da corrida e ele só soube me dizer! ” E o barrichello que nem completou” Dor de cotovelo acho ahushuas