Nessa época do ano o clima de expectativa em relação ao que as equipes estão preparando para a temporada que se iniciará é inevitável, e seguirá até que todos os carros estejam devidamente apresentados. Em 2011 o fenômeno é reforçado pela falta de mudanças na escalação dos pilotos dos times de ponta.
Relembrando um pouco os dois últimos anos, tivemos em 2010 a chegada de Alonso à Ferrari, o clima jovem da Virgin e a curiosidade em torno da Lotus, já 2009 trouxe uma Brawn GP, nascida das cinzas da Honda e já absurdamente dominante nos primeiros treinos.
Mas, em matéria de projetos, um dos último carro que chamou a minha atenção e me cativou foi a Williams FW26, de 2004. Projetado por Patrick Head, Gavin Fisher e Antonia Terzi, tinha uma frente agressiva, desenvolvida para potencializar o fluxo de ar sob o chassi, e pintura muito bem resolvida. Era o carro que eu queria ver vencendo naquele ano.
Não foi o que aconteceu, a boa impressão causada na pré-temporada foi por água abaixo ao longo das primeiras corridas. Caía sobre Antonia Terzi críticas em relação ao projeto da dianteira, nosso narrador oficial adorava repetir o mantra, e, no GP da Hungria, 13° daquele campeonato, o bólido ganhava um bico convencional e que retirava todo o seu charme.
Outros fatos que caíram sobre o FW26 que eu tanto gostava foram a desclassificação do GP do Canadá, motivada por uma irregularidade no sistema de freios, a forte batida de Ralf Schumacher em Indianápolis e a aposentadoria de Patrick Head após os trabalhos nele durante a temporada.
O carro, numa versão totalmente diferente do início do ano, terminou a temporada 2004 levando Montoya ao lugar mais alto do pódio do GP do Brasil, ele terminaria a campeonato de pilotos na quinta colocação.
BMW Williams FW26 – 2004
Motor – BMW P84, V10, 2998 cc
Transmissão – WilliamsF1 semi-automatic
Pneus – Michelin
Eu gostava do desenho desse carro.