Até os 12 anos eu tinha medo de mexer no disco preto do pai; Aos 16 um professor de filosofia passava The Wall para uma turma que não entenderia nada; 18 e eu comprava Wish You Were Here em um balaio; Com 23 tentava ser Gilmour na minha guitarra; Tatuei a capa de um disco em boa parte das costas nos meus 26 e com 29 anos eu também olhei o muro caindo.
Incrível. O que nasceu como uma egotrip de Waters sobre seus dramas pessoais (perda do pai, relação com mãe, esposa, mundo…), virou um espetáculo atual e de grande alcance – dedicado ao brasileiro Jean Charles de Menezes.
Ao longo de duas horas, com forte influência do “1984” de George Orwell, críticas aos regimes totalitários, imperialismos econômicos, demagogias políticas e descaso com desigualdades sociais foram despejadas ao som de um Pink Floyd que nunca – nunca – envelhecerá.
Em 25 de março de 2012 eu também olhei o muro caindo.
Crédito da foto para ClicRBS/Tadeu Vilani, as minhas ficaram horríveis.
Eu e meu irmão também tivemos a honra de ver o muro cair e, ficamos com um pequeno pedaço dele (papelão) como lembrança.
Simplesmente indescritível.
Abraço.
RIcardo.
Que inveja!!!