Meu amigo Felipe, o maior pulha da família Pereira, tem uma jóia na garagem. O Monza 1.8 1990, comprado em plena forma, precisaria de pouco além do que um banho de tinta para passar por zero. Precisaria.
Houve um tempo em que o guri era pura alegria com seu sonho de metal. Chegava ao trabalho todo pimpão a galhofar causos:
“Ninguém roda mais macio; Ninguém arranca mais rápido; Ninguém seduz mais a mulherada; Não tem Vectra que chegue aos pés do meu Monza…”
Sacanear os outros é do jogo. Assim, o Felipe e seu Monza tiveram o troco por parte dos companheiros de trabalho.
Como todos aqui sabem, mas sempre me cabe relembrar, houve o Monza –hum- Clodovil Hernandes. Certo dia pela manhã, só dava o Monza – hum – Clodovil Hernandes no setor. Páginas do anúncio na parede, no mural de recados, na gaveta dele… Piadas, comparações; não se ouviu naquele dia a voz pimpona do dono do Chevrolet, que foi o carro do ano de 83, 87 e 88.
E nada mais foi como antes. Naquela noite o carro, do nada, apagou. Minutos depois, voltava a funcionar como se nada tivesse acontecido.
“Mudei a gasolina, deve ser isso”
Encontro com uma gatinha no dia seguinte, mesma ladainha. Indo para o trabalho, pela manhã, de novo. A voz, antes pimpona, já era um saco de lamúrias.
Começava aqui a rotina de idas e vindas à oficina. Limpeza do tanque, bomba de combustível, revisão da parte elétrica, algumas trocas de bobina, de velas, juntas, giclês… Dinheiro gasto, meses passados, e parecia que finalmente o Monza voltava a sua velha forma.
“O carro é %^$*$, quando anda.”
Uma semana, duas semanas… Os problemas pareciam superados e as piadas voltavam, mais fortes do que nunca.
Mas acontece que dia desses, o Felipe foi dar uma volta, o carro novamente apagou. Ligou para um amigo o socorrer, no caminho o amigo foi sequestrado… Pela manhã, na hora de resgatar o danado do Monza, ele ligou normalmente, vruuum, pronto para outra…
Analisemos com a razão. Não é problema mecânico, é puro mal-humor. O Monza do Felipe é apenas isso, um grande mal-humorado – que odeia o Clodovil Hernandes.
“Deixei de ser Opel Ascona na terra mãe, Pontiac e Buick nos states, Isuzu no Japão… pra vir ser sacaneado no Brasil! Deus! ” Resmunga.
Que saudade das galhofadas do Felipe sobre seu lindo carro, que ambos superem. Há vida além da garagem – o Clodovil não está mais entre nós.
Fala Rafa sabes que tive meu monza 94 super completo até o ano passado e comecei a ter o mesmo problema. Depois de muitas indas e vindas do mecânico, troca do módulo eletrônico que fica dentro do distribuidor ( mais de um até) o carro funcionava um tempo e depois teimava em não pegar. Lá pelas tantas pegava e parava no outro dia.
A solução veio em um comentário de uma oficina de elétrica de carros. O mecânico disse: troca todo o distribuidor. Tira o que esta e coloca um completo novo. acontece que alguma pequena falha talvez no eixo do distribuidor criava a tal falha. Troquei e nunca mais tive problemas daquele tipo.
No Jogo Priston Tale tem um outro Monza. Admon… qualquer coisa. vrummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm